RIO GRANDE E O EQUILÍBRIO FLUVIAL
O QUE É O RIO GRANDE
Rio Grande é o nome do principal rio do concelho da Lourinhã. Com um extensão de 25km e uma bacia hidrográfica de 125km quadrados, este rio deságua no Oceano Atlântico, na Praia da Areia Branca, e nasce na freguesia da Moita dos Ferreiros. Rio perene, de planície e fluxo lento de água, que tende a oscilar cada vez mais o seu caudal devido a variações climáticas (seca) e à utilização agrícola nos últimos anos.
Um rio, como todos os integrantes de um ecossistema, suporta uma grande variedade de interações orgânicas, químicas, físicas e geológicas. O equilíbrio destas variáveis resulta no equilíbrio geral de todos os que, direta ou indiretamente, dependem deste recurso tão precioso.
POLUIÇÃO
Um dos problemas da atualidade é a poluição aquática, impulsionada pelo desenvolvimento urbano e produção de resíduos. Esta poluição pode ser tanto química, orgânica (descargas) ou material (lixo), desregulando o bom funcionamento ecológico do rio.
Umas das principais consequências de descargas orgânicas é o seu estado de decomposição e a acomulação de bactérias e seres heterotróficos associados a doenças.
A Escherichia coli é uma bactéria do tipo Gram Negativa quimioheterotrópica - seres consumidores de compostos químicos e incapazes de produzir a sua própria fonte de energia - que utiliza compostos orgânicos e produtos dos mesmos como combustível e fonte de carbono. A ocorrência desta bactéria pode dar origem a: doenças patogénicas intestinais, cujos sintomas são desconforto e diarreia; ou não intestinais, infeções respiratórias, sanguíneas,urinárias, entre outras... Tudo isto dependerá da vulnerabilidade do indivíduo, localização da bactéria no corpo do ser vivo ou estirpe*. Importante de notar que a presença desta célula procariótica em seres humanos ou animais pode não resultar em nenhum perigo para os seres vivos, podendo ter uma relação de comensalismo com estes - os dois beneficiam das suas atividades conjuntas - como é o caso da Flora Probiótica Humana, responsável pela digestão de alimentos.
Estas são as variedades desta bactéria com características virulentas:
Escherichia coli enteroagregativa (EAEC),
Escherichia coli enterohemorrágica ou produtora de verotoxinas (EHEC ou VTEC),
Escherichia coli enteropatogénica (EPEC),
Escherichia coli enterotoxigénica (ETEC),
Escherichia coli enteroinvasiva (EIEC),
Escherichia coli de difusão aderente (DAEC).(1)
Enterococos é um grupo de bactérias do tipo Gram Positivo caracterizado pela função comensalista quando presente nos corpos de seres humanos e animais. Estes seres são anaeróbicos facultativos - utilizam o oxigénio na respiração mas na ausência deste têm outras estratégias de obtenção de energia - e alguns dividem-se no sub-grupo Enterococos intestinais. (2) Este sub-grupo, também chamado de Enterococos fecais, advém maioritariamente de fezes de animais de sangue quente podendo também ter uma origem independente no solo. Como têm uma função de comensalismo com os seres vivos não constituem um perigo para a saúde humana mas são um excelente indicador da presença de conteúdo fecal e de bactérias como Escherichia coli.
O QUE É O RIO GRANDE
Rio Grande é o nome do principal rio do concelho da Lourinhã. Com um extensão de 25km e uma bacia hidrográfica de 125km quadrados, este rio deságua no Oceano Atlântico, na Praia da Areia Branca, e nasce na freguesia da Moita dos Ferreiros. Rio perene, de planície e fluxo lento de água, que tende a oscilar cada vez mais o seu caudal devido a variações climáticas (seca) e à utilização agrícola nos últimos anos.
Um rio, como todos os integrantes de um ecossistema, suporta uma grande variedade de interações orgânicas, químicas, físicas e geológicas. O equilíbrio destas variáveis resulta no equilíbrio geral de todos os que, direta ou indiretamente, dependem deste recurso tão precioso.
POLUIÇÃO
Um dos problemas da atualidade é a poluição aquática, impulsionada pelo desenvolvimento urbano e produção de resíduos. Esta poluição pode ser tanto química, orgânica (descargas) ou material (lixo), desregulando o bom funcionamento ecológico do rio.
Umas das principais consequências de descargas orgânicas é o seu estado de decomposição e a acomulação de bactérias e seres heterotróficos associados a doenças.
A Escherichia coli é uma bactéria do tipo Gram Negativa quimioheterotrópica - seres consumidores de compostos químicos e incapazes de produzir a sua própria fonte de energia - que utiliza compostos orgânicos e produtos dos mesmos como combustível e fonte de carbono. A ocorrência desta bactéria pode dar origem a: doenças patogénicas intestinais, cujos sintomas são desconforto e diarreia; ou não intestinais, infeções respiratórias, sanguíneas,urinárias, entre outras... Tudo isto dependerá da vulnerabilidade do indivíduo, localização da bactéria no corpo do ser vivo ou estirpe*. Importante de notar que a presença desta célula procariótica em seres humanos ou animais pode não resultar em nenhum perigo para os seres vivos, podendo ter uma relação de comensalismo com estes - os dois beneficiam das suas atividades conjuntas - como é o caso da Flora Probiótica Humana, responsável pela digestão de alimentos.
Estas são as variedades desta bactéria com características virulentas:
Escherichia coli enteroagregativa (EAEC),
Escherichia coli enterohemorrágica ou produtora de verotoxinas (EHEC ou VTEC),
Escherichia coli enteropatogénica (EPEC),
Escherichia coli enterotoxigénica (ETEC),
Escherichia coli enteroinvasiva (EIEC),
Escherichia coli de difusão aderente (DAEC).(1)
Enterococos é um grupo de bactérias do tipo Gram Positivo caracterizado pela função comensalista quando presente nos corpos de seres humanos e animais. Estes seres são anaeróbicos facultativos - utilizam o oxigénio na respiração mas na ausência deste têm outras estratégias de obtenção de energia - e alguns dividem-se no sub-grupo Enterococos intestinais. (2) Este sub-grupo, também chamado de Enterococos fecais, advém maioritariamente de fezes de animais de sangue quente podendo também ter uma origem independente no solo. Como têm uma função de comensalismo com os seres vivos não constituem um perigo para a saúde humana mas são um excelente indicador da presença de conteúdo fecal e de bactérias como Escherichia coli.
COMO AVERIGUAR A SAÚDE DE UM RIO
Para controlar a saúde de um rio, não basta manifestações visuais, existe a necessidade de executar análises rigorosas e medidas de contenção eficazes. Qualquer alteração do normal funcionamento do rio (espumas, cor e cheiros diferentes, etc...) pode indicar um desequilíbrio mas não obrigatoriamente a incapacidade do mesmo (sistema ecológico associado ao rio) em compensar a desestabilização causada sozinho.
A execução de análises tem como principal objetivo o estudo das proporções de Escherichia coli e a sua virilidade, sendo que a contagem de bactérias do tipo Enterococos intestinais é, também, frequentemente associada à sua presença, dado que ambas utilizam matéria fecal como fonte de energia.
Enterococos intestinais são assim um excelente indicador de conteúdo fecal presente em águas, especialmente devido à sua elevada resistencia à presença de cloro, frequentemente utilizado em descargas e tratamentos. Segundo o Decreto-Lei nº 306/2007, de 27 de agosto de 2007, a valor indicador de boa qualidade da água é de 0 por 100mL, para estes organismos. A Organização Mundial de Saúde refere que não devem ser encontrados vestígios desta bactéria em águas de contacto com os seres humanos e animais.
Segundo o Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de Agosto de 2007, o valor paramétrico para a E. coli é 0 ufc1/100mL. (Unidades formadoras de colónias)
A Direção Geral de Saúde recomenda, também, uma investigação e correção urgente dos sistemas de abastecimento de água caso se detete a presença destes seres procarióticos.
A não observância destas recomendações constitui “uma grave situação sanitária”. (3)
Enterococos intestinais são assim um excelente indicador de conteúdo fecal presente em águas, especialmente devido à sua elevada resistencia à presença de cloro, frequentemente utilizado em descargas e tratamentos. Segundo o Decreto-Lei nº 306/2007, de 27 de agosto de 2007, a valor indicador de boa qualidade da água é de 0 por 100mL, para estes organismos. A Organização Mundial de Saúde refere que não devem ser encontrados vestígios desta bactéria em águas de contacto com os seres humanos e animais.
Segundo o Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de Agosto de 2007, o valor paramétrico para a E. coli é 0 ufc1/100mL. (Unidades formadoras de colónias)
A Direção Geral de Saúde recomenda, também, uma investigação e correção urgente dos sistemas de abastecimento de água caso se detete a presença destes seres procarióticos.
A não observância destas recomendações constitui “uma grave situação sanitária”. (3)
*Uma estirpe: grupo de descendentes da mesma espécie com uma variedade genética que lhes pode, ou não, conferir vantagens no meio em que estão inseridos.
Marques, Mara;in www.knoow.net, at 03-12-2019
“Enterococos intestinais - Descrição Sumária” - Comissão Especializada de Qualidade da Água, 2012/10/23
Matos, António; “Água Destinada ao Consumo Hum
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