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Eu não reciclo porque...

EU NÃO RECICLO,PORQUE...

Segundo dados da Resioeste, o concelho da Lourinhã é o que apresenta a maior taxa de reciclagem comparado com os outros concelhos abrangidos pelo Aterro Sanitário do Oeste (ASO). Mas essa taxa corresponde apenas a 5,00 % de todos os resíduos produzidos no nosso concelho (dados de 2006).

De acordo com um estudo encomendado pela Sociedade Ponto Verde sobre “Atitudes e comportamentos em relação à separação de lixo/embalagens usadas», realizado em todo o território nacional, as famílias que não reciclam apresentam como argumentos:

- 71% a falta de recipientes próprios

- 48% excessivo trabalho

- 36% distância aos ecopontos

Hoje em dia não há justificação para não reciclarmos, em especial no concelho da Lourinhã: existem ecopontos, existe um sistema de recolha e empresas que recebem os resíduos para os reciclar.

Os motivos apresentados pelos “resistentes” à reciclagem têm fundamentação em erros do passado ou em situações pontuais. Assim, analisamos e respondemos a cada um desses argumentos, e deixamos sugestões para que não se continue a dizer

“Eu não reciclo, porque…”
…a câmara recolhe tudo junto.

A recolha dos ecopontos é assegurada pela Resioeste. Cada carro só recolhe um tipo de resíduo, sendo necessário a passagem de três carros para despejar um ecoponto. Só deste modo se assegura a continuidade da separação de resíduos feita em casa.

A Câmara Municipal da Lourinhã (CML), mantém alguns ecopontos (contentores azuis e verdes idênticos aos de resíduos sólidos urbanos) em locais onde não há espaço / acessibilidade para o ecoponto da Resioeste e os veículos procederem à sua recolha. A recolha destes ecopontos é da responsabilidade da Câmara, sendo feito com um carro próprio cedido pela Resioeste. Algumas pessoas não “vêm” estes contentores como ecoponto, colocando sacos de lixo, o que acaba por contaminar os resíduos recicláveis e inviabilizar a sua recolha para reciclagem.

…não tenho ecoponto perto de casa, ou estão sempre cheios.

O Concelho da Lourinhã é o que apresenta maior número de ecopontos por habitante (1 eco/197 hab), na área do ASO. Portanto se não há um ecoponto mesmo ao lado da sua casa, não pode estar muito longe.

Quando estão cheios qualquer pessoa pode telefonar para a Resioeste, alertar para o facto e solicitar a recolha. No entanto, para quem se desloca de automóvel com frequência, pode sempre colocar os resíduos separados no carro e quando passar por um ecoponto depositá-lo.

…ocupa muito espaço em casa.

O volume de resíduos produzidos não aumenta por passar a reciclar. Se produz 30 l de resíduos por dia, e todos os dias coloca o saco de lixo no contentor, a diferença é que esses 30 l vão ficar distribuídos em 4 sacos de 7,5 l cada e provavelmente não necessitará de ir logo colocá-los no contentor. Por isso o volume só aumenta, porque na realidade irá aumentar o intervalo de tempo entre idas ao ecoponto e caixote do lixo.

… não tenho ecoponto doméstico.
Não é preciso ter ecoponto doméstico para reciclar. Basta apenas ter vontade!

Pode utilizar sacos de compras (de plástico ou papel) ou caixas de cartão, para separar e transportar os resíduos. Pode guardar os resíduos separados debaixo do balcão da cozinha, ou na despensa, ou na varanda ou logradouro.

Se faz questão de ter um ecoponto doméstico, a CML distribui gratuitamente, basta dirigir-se à Divisão de Ambiente (DSUMA) com a última factura da água.

… conheço muitas pessoas que não o fazem. Quando todos reciclarem eu também o farei.

O que a maioria faz não quer dizer que seja o correcto, e por mais pessoas que conheça que não reciclam, também conhecerá algumas que reciclam. Porquê seguir o exemplo da quantidade e não o da qualidade?

Todos os sistemas de gestão de resíduos são sistemas em cadeia. Cada um de nós representa um elo que contribui para a eficiência do sistema. Como tal, apesar do contributo individual parecer insignificante, é o resultado de todos que torna visível o esforço de cada um.

A consciência ambiental é um valor social que ao ser reconhecido e enfatizado será factor de diferenciação positiva. Reciclar é um compromisso com o ambiente que não se esgota numa ida ao ecoponto, e que deve ser visto como a última etapa duma estratégia de redução e de reutilização. A capacidade de minimizarmos o problema na origem, reduzindo a produção de resíduos ou escolhendo produtos “amigos do ambiente” ou com potencial de reutilização, será factor determinante para a eficiência de qualquer sistema de gestão de resíduos.

O envolvimento de todos é importante, porque o problema dos resíduos é transversal a todos os sectores de actividade – reduzir, reutilizar e reciclar são objectivos que devem ser aplicados tanto em casa como no comércio, na agricultura, nas empresas, nas escolas, etc. É preciso ser exemplo e dar testemunho para que também outros se juntem a esta causa e se oiça cada vez menos “Eu não reciclo…”.

Filomena Frade

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